Nebulosa Trífida, também conhecida como Messier 20 (M20) ou NGC 6514, uma das regiões mais fascinantes e complexas do céu noturno. Localizada a aproximadamente 5.200 anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário, esta nebulosa é uma combinação rara e espetacular de três tipos distintos de nebulosidade: emissão, reflexão e escura — tudo em um único campo.
✨ O nome “Trífida” vem das faixas de poeira escura que parecem dividir a nebulosa em três lóbulos, criando uma aparência trissegmentada muito marcante mesmo em imagens de baixa resolução. Este design natural não é apenas estético — ele revela interações entre o gás ionizado, poeira interestelar e radiação ultravioleta provenientes de estrelas jovens e quentes.
🔭 Características técnicas:
- Tipos: Nebulosa de emissão (vermelha), reflexão (azulada) e escura (silhueta)
- Magnitude aparente: +6,3
- Diâmetro angular: cerca de 28 minutos de arco
- Coordenadas: AR 18h 02m, Dec −23° 02′
- Distância: ~5.200 anos-luz
A parte vermelha, típica do hidrogênio ionizado (Hα), marca a área de emissão. Já a azulada é causada pela dispersão da luz em grãos de poeira (como o céu azul da Terra!), refletindo a luz de estrelas próximas. As trilhas negras, por sua vez, são nuvens densas de poeira interestelar que absorvem a luz ao fundo, criando as dramáticas divisões.
📸 Essa imagem foi capturada com [detalhes do seu setup: telescópio, câmera, filtros usados, total de integrações e tempo de exposição]. A complexidade da Trífida exige bom controle de foco, colimação e uso estratégico de filtros de banda estreita para destacar cada estrutura em separado.
🌠 Curiosidade: Messier 20 se encontra muito próxima, visualmente, da Nebulosa da Lagoa (Messier 8), formando uma das duplas mais belas do céu do hemisfério sul. Em noites limpas e com céu escuro, ambas podem ser vistas com binóculos, lado a lado, como um santuário de formação estelar.
M20 é mais do que uma simples nebulosa: é um palco cósmico onde a gravidade, a radiação e a poeira dançam juntas ao som da luz. Registrar a Trífida é mergulhar em um poema de cores escrito há milênios, agora revelado ao nosso olhar digital.
